19.7.07

Tô tão excitado...

Por algum motivo ainda sem explicação, salto dos recônditos de minha mente sombria o refrão: "...I'm so excited/and I just can't hide it/I'm about to lose control and I think I like it."

Para evitar a tragédia minemônica de ficar com a música pulsando dentro da minha cabeça o dia todo, resolvi cortar o mal pela raiz e busquei no YouTube pelo vídeo da música, e prontamente encontrei a letra no Google.

Deixando a parte a breguice e pornografia explícita da letra, não pude de deixar de notar uma coisa, que me deixou pensativo até agora: a liberdade de expressão dos anos 80.

Já tinha estudado nas aulas de história da arte na FAU que os anos 80 tiveram uma estética da expressão individual, em que o que mais valia era mostrar a todos como cada um tinha habilidades e capacidades próprias de se mostrar, e dessa forma gerar arte. E vendo o vídeo temos alguns exemplos (não necessariamente bons) bem claros disso.

O que me fez pensar é que na década seguinte houve a inversão desses valores, e a expressão aberta de idéias e sentimentos logo saiu de moda. O grunge foi a maior prova da explosão de sentimentos oprimidos e da vontade de se libertar disso, ainda que de forma taciturna.

Depois veio um limbo, e aos poucos o ciclo vai se revertendo, com releituras e inovações - a moda é um estandarte dessa movimentação, e o aumento de estudios independentes de moda também independente é um dos indicadores de que a originalidade individual está voltando à cena (mesmo que duma forma às vezes comercialmente pervertida).

Chego até a pensar se os emos não são a raspa do tacho do que sobrou dos 90, mas queria viver nos 80, e não sabem o que fazer nos 2000... mas isso é outra história.

Essa semana comecei o processo de criação de personagens para minha campanha de RPG de Senhor dos Anéis. Faz muito tempo que não mestro - que dirá mestrar uma campanha inteira com cenário e temas tão complexos como esse. Por enquanto tem sido animador, já que os jogadores tem saído cada vez mais animados com seus personagens.

Vamos ver no que vai dar.

E ainda estou contando os dias para ir para São Paulo.

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