29.5.07

Karma

Sábado encontrei minha antiga professora de japonês no terminal de ônibus - a Yoko - e fomos "conversando" até o ponto em que ela saltou. As aspas se devem ao fato de que ela sempre fala em japonês comigo, e eu sempre entendo metade do que ela fala. Detalhe que eu estudo japonês desde os 8 anos de idade (tudo bem, com intervalos longos no meio) o que me dá 20 anos no básico 2.

Outro dia comentei com uma aluna minha que tinha estudado um pouco de italiano, e ela me mandou um email marcando plantão de dúvidas todo em italiano. Entender foi facil, mas a resposta foi em português mesmo.

O propósito dessa parlamentação toda é expor a minha opinião de que não adianta aprender um idioma se você não terá como praticá-lo. Tudo bem, acho importante ter uma noção básica das linguas faladas no mundo, mas dominar uma lingua só acontece quando você está imerso totalmente na mesma.

Essa questão me veio à cabeça nesse fim de semana, quando assisti a um filme do Zhang Yimou. Eu sempre quis aprender a falar mandarim (tudo bem que o filme era em cantonês), mas nunca fui em frente por que não conseguia me visualizar falando aquilo com alguém.

Você já tentou comparar as legendas de um filme em chinês com o som que sai da boca dos atores??

Enfim...

Semana de inferno astral e nada de terrível está acontecendo. Karma! O pior da semana foi terminar de baixar o Call of Duty 2, instalá-lo e ver o jogo acabar em 2 dias. Nada mais frustrante dos que 3.6Gb de jogo que não dura nem 1Gb por dia.

Queria muito ir para São Paulo no feriado, passar meu aniversário com a Tita e tudo mais... não sei ainda o que se dará por aqui. Por enquanto o Bokas ainda encabeça a lista de local de comemorações...

23.5.07

E não é que eu consegui fechar o projeto com o cliente do Cacupé??

Vai ser muito bacana finalmente ter uma casa aqui em floripa, e logo devo postar alguns sketchups do que está sendo feito.

Engraçado como maio tem sido um mês em camera lenta - quase bullet-time - e que as coisas vão passando por mim como se me observassem de volta. Deve ser o frio...

Desventuras a parte, tenho tido bons dias, em que vou para a cama feliz sem pensar no que vem depois... até diminuí o timer da minha companhia noturna para 15 minutos (metade do tempo anterior). Considerando que estou no meu inferno astral, acho que devo aproveitar ao máximo esses dias calmos, por que a ultima semana deverá ser de matar - levando em conta a calmaria dos dias até então.

Minha maior preocupação tem sido o que fazer para melhorar meu halfling. Temos ganhado pilhas de tesouro a cada sessão, e isso dá muita margem para inventar coisas...

E agora que terminei a coleção do Lobo Solitário, o que terei para esperar de cada mês??!

9.5.07

o tempo e o vento...

Esfriou pra caramba de um dia para o outro aqui, e a idéia ao que parece é que isso é só o aperitivo do que está por vir. Fico imaginando como deve ser em Urubici quando o tempo está assim por aqui.

Tenho gasto boa parte do meu tempo pensando nos rumos para esse fim de semestre, e tenho me concentrado bastante na parte de cursos para arquitetos - mais especificamente na combinação do sketchup com o artlantis render. Os resultados tem sido promissores, e acho que o público alvo vai se interessar bastante pelo conjunto.

O problema é que, como eu disse, tenho apenas pensado nisso. A pratica tem sido lenta, e a vontade de fazer coisas mais divertidas geralmente vence o dia. Com a mudança de apê ainda me drenando toda a grana que tenho, coisas divertidas tem se resumido a assistir coisas pelo computador, principalmente séries como Heroes, Roma 2 e tokusatsus. Sim, sei que é triste, mas é o pouco que restou acessível ao meu dia-a-dia.

Pior ainda é que o Stumble tem me apresentado alguns joguinhos um tanto desafiadores (como por exemplo o Onslaught, na coluna a direita), e meu tempo livre tem diminuido cada vez mais, junto com meu tempo produtivo.

Mas tempo livre e frio tem dois pontos muito positivos: fazer karê e ficar com a Babs. A vida pode ser dificil, mas vale a pena por essas pequenas coisas...

3.5.07

A Cidade e as Serras

Neste feriado do Dia do Trabalhador eu fui convidado para conhecer Urubici - um recanto entre as nuvens na serra catarinense. Foi uma experiência de vida!

Eu acho muito interessante como Santa Catarina parece ser um território a parte do resto do país. Tem belas praias, colonização açoriana, e tudo mais, mas nada se compara com o interior do estado, cheio de cânions e matas de araucárias espalhadas por aí.

Tem horas que me lembra o paraná, e tem horas que me parece que é similar ao Rio Grande do Sul (que eu só conheço por foto), mas o fato é que a sensação é de estar num lugar sem paralelo, com coisas que eu só vou encontrar - do jeito que são - por aqui mesmo.

A viagem foi bem bacana... foi a vez em que fui mais ao sul do mundo até agora na minha vida. Além de ter decorado a trilha sonora do filme "Duets" (que por sinal eu nunca vi, mas era o único CD diponível no carro), conheci lugares novos como Tubarão, onde parte da família da Babs mora. Foi bacana ver os municípios que cercam a cidade, rumo à serra: pequenos vilarejos esparços com casinhas do início do século e gente fazendo almoço no alpendre, tudo muito bucólico beirando a um romantismo árcade.

Chegar em Urubici dá trabalho, e apesar da curta distância entre a cidade e Florianópolis, a viagem é longa por causa da estrada serpenteante e do trânsito na BR não duplicada. Mas a paisagem faz tudo valer a pena, e eu me senti um autêntico turista nipônico tirando foto de tudo a cada 3 segundos.

Sério, para quem acha que Campos do Jordão é passeio de inverno, Urubici é uma lição de vida.

Ficamos num albergue que acabou virando um chalé de estação, já que ocupamos todas as camas disponíveis. Junto ao albergue há também um apousada, muito legal e que serve refeições fartas, mas a diferença de preço entre uma e outra ($200 para $25 a diária) deixa qualquer plano de retorno sem muita opção.

É um lugar onde não há nada a se fazer além de caminhar, adimirar a paisagem e ficar à mesa, comendo e bebendo, e conversando com os amigos. Imaginei altas partidas de Munchkin noite a dentro, regadas a vinho e pinhão assado, que dá de pegar no chão das trilhas ao redor - de graça! Um dia ainda junto uma trupe e vamos passar um feriado lá. Eu sei que é meio longe, mas meus amigos de São Paulo com certeza iriam gostar desse lugar.

Um dia ainda moro num lugar desses... só não conto para a Tita, que é para ser surpresa!